domingo, 21 de outubro de 2012

No Divã com Deus!



Por Tiago Mota.

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu julgo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve...” [Mateus 11: 28-30]


Povo amado, o convite está feito, é importante primeiramente observar que esse convite é feito a todas as pessoas que ouvem ou lêem a convocação, aqui não é um convite elitizado, pelo contrário é uma chamada a todos os que estão cansados e sobrecarregados, tanto pelo peso espiritual, quanto pela falta de prazer na própria existência.

Esses “sintomas” manifestam-se no contexto da narrativa por um único motivo, o homem tentando (sem sucesso), salvar a si mesmo por meio do cumprimento da lei, pontuando que nossa salvação é uma obra soberana de Deus, mas a verdade da eleição divina no verso 27 não é incompatível com a livre oferta a todos nos versos citados acima (28-30, conforme John Macarthur nos ensina em seu comentário do texto). 

A nossa proposta aqui é compreender essa dádiva de Deus em chamar aos pequeninos (v.25) para seu Divã de repouso, o “Psico-Salvador-Mestre” promete alivio aos que se levantarem de seus lugares de enfado e sobrecarga e virem até Ele, “Venham a mim...” perceba que existe uma comunicação eficiente entre a Pessoa presente e as pessoas carentes, o Eterno fala e os necessitados escutam, e depois dessa posição de obediência a doce Voz do Agente, eles (necessitados) vão provar do descanso que está na Sala do trono do Autor da vida.

O Presenteador agora fala para essas pessoas, que estão em Seu divã a tomarem o Seu julgo, e aprender dEle que é manso e humilde de coração, perceba a utilização dos termos acadêmicos presentes na narrativa, existe a presença do Mestre (O que ensina), e dos alunos (que aprendem), vamos abrir aqui primeiramente um parêntese para explicar o que é esse julgo, que nada mais é, do que uma peça de madeira antiga usada para unir geralmente dois bois, presa no pescoço dos animais para transportar algo, pesado e de difícil locomoção, e mantê-los em linha reta e continua, normalmente era composta por um boi mais velho e experiente, e outro mais novo, menos experiente. 

Jesus está dizendo que vai andar junto conosco, Ele é o “boi” experiente que vai nos conduzir a caminhos antes trilhados, e mais, vai nos mostrar que há “macetes” de viver sem peso ou cansaço (O Mestre), vai nos ensinar que a existência nEle e com Ele não é pesarosa e muito menos dolorosa, vamos aprender dEle que é manso e humilde de coração, ele usa aqui uma forma de eco da primeira bem aventurança “humildade” (Conf. 5: 3).

Entendo aqui como sendo um discipulado dinâmico que sua base se chama “julgo”, temos que ser humildes a colocar para fora essa real necessidade interna, aqui dá a idéia de sabedoria da parte existencial de Deus para a existência dos sobrecarregados e cansados, perceba que podemos tirar a lição de que esses sintomas aparecem por falta de uma real instrução “vivencial-existencial-emocional-psicologica”, andando “colado” com Ele no caminho estreito da vida, vamos aprender a caminhar direito e focados, e resolver todas essas questões, caminhando com Ele vamos tirar dos ombros o peso da religião e da lei que nada mais são do que opressões de julgo dados pelos “donos-da-verdade”.

Caminhando com nosso “Psico-Salvador-Mestre”, vamos aprender a abrir a gaiola que antes vivíamos, e estarmos livres para simplesmente sermos “testemunhas-da-verdade”, e depois disso alçar vôos altos e profundos nos céus da graça, que este é o verdadeiro descanso para a nossa alma, a liberdade em Deus “... Pois o meu julgo é suave e o meu fardo é leve...”   

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