A esperança é o oxigênio que nos mantém vivos.
Quem não tem
esperança vegeta, não vive. Quem passa os anos de sua existência na
masmorra do desespero, acorrentado pelo medo e subjugado pelas algemas
da ansiedade, conhece apenas uma caricatura da vida. A vida verdadeira é
timbrada pela esperança, uma esperança tão robusta que espera até mesmo
contra esperança. Foi assim com Abraão, o pai da fé.
Deus lhe prometeu um filho, em cuja descendência seriam abençoadas
todas as famílias da terra. Abraão já estava com o corpo amortecido. Sua
mulher, além de estéril, já estava velha demais para conceber. A
promessa de Deus, porém, não havia se caducado. Contra todas as
possibilidades humanas, contra todos os prognósticos da terra, contra
todo o bom senso da razão humana, Abraão não duvidou por incredulidade,
mas pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus e esperou mesmo contra a
esperança, e o milagre aconteceu em sua vida. Isaque nasceu e com ele a
esperança de uma descendência numerosa e bendita.
A esperança que não se desespera tem algumas características:
1. Ela está fundamentada não em sentimentos humanos, mas na promessa divina.
Abraão não
dependia de seus sentimentos, mas confiava na promessa. Deus havia lhe
prometido um filho e essa promessa não havia sido revogada. Abraão já
estava velho e seu corpo já estava amortecido, mas esse velho patriarca
não confiava no que estava em seu interior, mas naquele que é superior.
Não vivemos pelo que sentimos, vivemos agarrados na promessa. Não
devemos nos estribar em nossas emoções instáveis, mas na Palavra estável
e inabalável daquele que não pode mentir. As promessas de Deus não
podem falhar. Ele é fiel para cumprir sua Palavra. Devemos tirar os
olhos de nós mesmos e colocá-los em Deus. Dele vem a nossa esperança.
Ele é a nossa esperança. Nele podemos confiar.
2. Ela está fundamentada não em circunstâncias, mas naquele que governa as circunstâncias.
A fé ri das
impossibilidades, pois não é uma conjectura hipotética, mas uma certeza
experimental. A fé não lida com possibilidades, mas com convicção. O
objeto da fé não está no homem, mas em Deus. A fé não contempla as
circunstâncias, mas olha para aquele que está no controle das
circunstâncias. Abraão sabia que Deus poderia fortalecer seu corpo e
ressuscitar a fertilidade no ventre de sua mulher. Sabia que o filho da
promessa não seria fruto apenas de um nascimento natural, mas,
sobretudo, de uma ação sobrenatural. A esperança que não se desespera
não olha ao redor, olha para cima; não vê as circunstâncias, comtempla o
próprio Deus que está no controle das circunstâncias.
3. Ela está fundamentada não nas ações humanas, mas nas intervenções divinas.
Abraão e Sara
fraquejaram por um tempo na espera do filho da promessa. O resultado
dessa pressa foi o nascimento de Ismael. A ação humana sem a condução
divina resulta em sofrimento na terra, mas não em derrota no céu. O
plano do homem pode ser atabalhoado, mas o plano de Deus não pode ser
frustrado. Deus esperou Abraão chegar a seu limite máximo antes de agir.
Esperou que todas as possibilidades da terra cessassem antes de
realizar seu plano. Então, a promessa se cumpriu, o milagre aconteceu e
Isaque nasceu. O limite do homem não limita Deus. A impossibilidade do
homem não ameaça Deus, pois os impossíveis do homem são possíveis para
Deus. Quando o homem chega ao fim dos seus recursos, Deus ainda tem à
sua disposição toda a suprema grandeza do seu poder.
Deus faz assim
para que coloquemos nele toda a nossa confiança, para que tenhamos nele
toda a nossa alegria e para que dediquemos a ele toda a glória devida ao
seu nome.
Fonte:Autor: Hernandes Dias Lopes Via: wwwadoradoresemverdade.blogspot.com
e http://www.macelocarvalho.com.br
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