A sudanesa que havia sido condenada à morte por ter se convertido ao cristianismo e casado com um cristão conseguiu anular a sentença e está livre. Meriam Yahia Ibrahim Ishag, 27 anos, estava grávida na época da condenação, e deu à luz a uma menina na prisão.
A libertação aconteceu ontem, segunda-feira, 23 de junho, após um tribunal de Cartum anular a sentença de morte por apostasia. O caso foi noticiado pela imprensa estatal do Sudão e confirmado pelo advogado de defesa de Meriam.
O processo contra Meriam por apostasia (abandono da fé) do islamismo foi anulado pela Corte de Apelações e o advogado também informou que ela já estava em casa, com a família.
Filha de pai muçulmano, mas criada na fé cristã, Meriam só se tornou alvo de acusações de apostasia quando estava prestes a dar à luz ao segundo filho do casamento com Daniel Wani, que também é cristão e foi preso. O casal já tem um filho de 1 ano e 8 meses.
Além da pena de morte, Meriam havia sido condenada a 100 chibatadas por adultério, já que a sharia (lei islâmica) entende que uma mulher muçulmana só pode se casar com um muçulmano.
No julgamento, Meriam argumentou que não havia apostatado da fé islâmica porque nunca havia se confessado muçulmana, e tendo sido criada com ensinamentos cristãos, era natural que se tornasse uma cristã.
Antes da anulação do julgamento de Meriam, o caso repercutiu em diversos países do mundo como um exemplo de atentado à liberdade religiosa. De acordo com a agência de notícias Associated Press, nações como o Reino Unido exerceram pressão sobre o Sudão para que o país cumprisse as obrigações assumidas no âmbito internacional no sentido da liberdade de religião, o que pode ter influenciado na decisão da Corte de Apelações de anular a sentença de morte por enforcamento.
Fonte:Gospel Mais por Tiago Chagas
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