O pastor Tim Challies, da Igreja Grace Fellowship, em Toronto, Canadá, disse que a pornografia em realidade virtual é a “próxima fronteira” da tecnologia, mas os cristãos deveriam ficar alertas sobre os danos que ela pode causar.
Challies afirma que nos últimos anos as novas tecnologias acabam sempre sendo utilizadas pela indústria pornográfica, representando um perigo para as gerações mais jovens.
“A ascensão da internet é um bom exemplo. Quando a internet ficou disponível para o grande público, todos nós obedientemente começamos a explorar esse novo meio. Nós navegamos em site, conversamos, baixamos material e fizemos compras”, argumenta.
Ele lamenta que a Igreja não foi mais incisiva em denunciar isso: “Somente alguns anos depois percebemos que, enquanto isso, grande parte dessa geração ficou viciada em pornografia. Isso pode parecer óbvio agora, mas, de alguma forma, não percebemos esse perigo crescer dentro de nossas casas”.
Ao avaliar a popularização da tecnologia, disse que a realidade virtual pode representar um perigo semelhante. Os mundos imersivos, gerados por computador são projetados para simular o mundo real da maneira mais realista possível. Os óculos ficaram mais baratos – no Brasil já são encontrados na faixa dos R$ 30 reais – e isso está abrindo um grande leque de oportunidades, para o bem e para o mal.
Segundo o pastor, a realidade virtual (RV) é mais associada a jogos, mas os avanços dessa tecnologia devem crescer exponencialmente nos próximos anos, melhorando a conexão face a face. Empresas como Facebook investem milhões no desenvolvimento de aplicativos que podem gerar um “admirável mundo tecnológico novo” em breve.
“Presença, empatia e intimidade são os grandes objetivos dos desenvolvedores. Mas eu pergunto: qual é a expressão humana máxima de presença, empatia e intimidade? Sexo, é claro. Então não é nenhuma surpresa que a RV já esteja dando sinais de alcançar esse objetivo e, de acordo com alguns, poderá mudar a visão sobre o sexo”, continuou o pastor.
“Um pesquisador diz que esse sexo virtual é tão real, tão pessoal e tão sensorial que o cérebro o processa como se fosse real. O cérebro preenche as lacunas a tal ponto que ele pode ser sentido. Você não será mais um voyeur assistindo atos carnais em uma tela, mas um participante”, avalia.
Traçando um paralelo, Challies comparou o “grande salto” que foi trocar o acesso à pornografia em revistas pelos vídeos acessíveis a qualquer momento, mesmo pelo celular. “Se a pornografia na tela é como uma aspirina, a pornografia com RV é uma droga sintética, com grande poder de causar dependência”, insiste.
O líder religioso não tem dúvidas que isso deveria servir como um alerta para os cristãos, para que eles saibam que a RV em si não é ruim, mas logo poderá apresentar grandes armadilhas morais. “Não tenho dificuldade em dizer que, como cristãos, não deveríamos estimular a imersão numa realidade virtual. Nós temos a realidade material, onde Deus ordena que vivamos como pessoas que foram separadas por Ele e para a sua glória”.
Fonte:Gospel Prime Com informações Christian Post
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