domingo, 15 de outubro de 2017

Interessante: Adoração Inútil

Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens
 ( Mateus 15.9)
Por Frankcimarks Oliveira

Está escrito que devemos adorar somente a Deus. Contudo nem sempre  nossa  adoração  será  aceita  por  ele. Quando  isso pode acontecer? Foquemos no verso acima que diz: “Vocês me adoram inutilmente  quando  ensinam  doutrinas  que  procedem do homem e não de mim.”

Por que Jesus disse isso aos Fariseus?

Primeiro, Cristo  e seus  discípulos  foram  repreendidos por comerem no sábado,  colhendo  espigas, o que segundo eles se configurava quebra  da  lei  mosaica. Jesus  demonstrou, citando o velho testamento,  que  as  leis foram  feitas  para  os homens e não o inverso. Agora eles são  questionados, no capítulo quinze de Mateus,  por  não  lavarem as mãos antes das refeições. Para mostrar que não estavam agindo errado, Jesus pergunta: E por que vocês desobedecem a Deus para obedecerem a tradições?

 Aqui  já  abro  um  grande  parênteses: Nem tudo o que os “homens de Deus”  dizem sobre Deus, procede mesmo Dele. Cristo deixa isso  bem claro, chamando-os de hipócritas inclusive, pois explicitamente desobedeciam a mandamentos como honrar pai e mãe, muito mais importantes do que aqueles que ocupavam suas preocupações, por exemplo, o que, quando e como comer, isso é, questões de etiqueta.

Aprendemos com isso que os homens  inventam seus próprios mandamentos, muito mais fáceis, superficiais  e sem real importância, quando  não conseguem cumprir os divinos. A etiqueta então surge para substituir  o  amor  para com o próximo, dando uma falsa sensação de dever cumprido. Portanto, a religiosidade  nada  mais  é  que  um  autoengano  que  diz  para  o praticante: “Continue  obedecendo  todas  essas regras e normas e você estará agradando a Deus.” Jesus desmentiu essa lógica dizendo : o que contamina o homem não é o entra em seu interior, mas  o que sai. Assim,  as  normas  de etiqueta, as regras sociais, as imposições religiosas, a moral vigente, não podem transformar o ser humano  de  verdade. Servem  apenas para  mascarar  sua  verdade  interior.

Os  fariseus  foram chamados de cegos condutores de cegos, pois eles mesmos criam que cumprir todas  aquelas  tradições  os aperfeiçoavam, bem como a seus seguidores. Porém nem eles nem seus ouvintes  foram  beneficiados ,  muito  menos aceitos por Deus, por obedecerem  aquelas  regras  bestas  e inúteis  para o caráter, inventadas por homens  presunçosos.  Sacrifícios  tolos não valem  nada  para Deus. Por isso  Jesus  disse: “ Toda  planta  que  meu  pai não plantou, será arrancada”. Ele poderia ser mais claro?

Quase  toda religião se baseia na prática de regras e tradições que não  servem para  nada,  a não ser tornar os seus praticantes mais arrogantes e pseudo espiritais. Olhe para você mesmo e tire suas conclusões. Faça uma autoanálise sincera e veja se a rigorosidade de sua religião te tornou um ser humano melhor. Quais pecados você ainda esconde, fingindo tê-los vencido, apenas para manter as aparências e ser aceito no grupo ao qual faz parte? Podemos enganar a igreja, ao mundo, mas não a Deus. Lembre-se disso.

Paulo disse a cerca dessas  velhas ordenanças religiosas :

Se, pois, estais  mortos  com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por  que  vos carregam  ainda  de  ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.(Colossenses 2:20-23)

Toda  religião que  ensina  que para  se  alcançar a Deus ou a salvação  é  necessário  cumprir  uma  lista  de  regras, está equivocada e tão  cega quanto os fariseus dos dias de Jesus. Muitas delas dizem: Não coma isso e você será mais espiritual; não beba isso e você estará mais perto  de  Deus;  vista  isso  e  sua salvação estará comprometida. Bobagem! A salvação de nossas almas repousa nos ombros fortes de Cristo. Somente dele e de sua graça dependem nossas vidas.

Deus  olha para o coração e não para o cumprimento externo de certas ordenanças, fruto da invencionice humana. Somente Deus e seu poder  podem  transformar  os  nossos  corações malignos. Só  Deus alcança o nosso ser no seu íntimo, removendo todas as perversidades que por  lá  se  escondem.  Desse  modo,  a  religiosidade  vã, é essa que se limita ao exterior, ao corpo, a  etiqueta, as normas sociais impostas, que não nascem do amor divino, voluntário e espontâneo, que jorra naturalmente quando se é uma nova criatura em Cristo.

O  homem  velho,  religioso, que  tenta  provar  para  si mesmo e para o mundo que é uma pessoa direita e honesta, vive  de  aparências. Contudo de seu coração saem adultérios, engano, homicídios, inveja, impurezas. Por fora ele parece descente, mas Deus conhece seu interior. Desse  modo  toda  religião é por natureza  pura  hipocrisia,  pois  nasce  da  carnalidade  humana e do que o homem pensa ser necessário ser feito, nesse  caso, o lavar  as  mãos. Nada mais sugestivo, pois a religiosidade é vã  exatamente  porque  não  consegue  lavar o coração sujo  do pecador. Do  que  adianta  dar  banho  num  defunto e perfumá-lo? Logo sua natureza  morta  manifestará  sua  podridão latente.


O mandamento de Deus é este : Amarás a Deus e a teu próximo. Todo  aquele  que  nasceu  do alto, ama.  Quem não renasceu, não ama. Essa é a única maneira de  sabermos  se  somos  ou não somos novas pessoas em Cristo. Por mais que você cumpra tradições e ordenanças religiosas, se você odeia seu próximo,  seja  ele quem for, você  não  passa de uma sepultura bem pintada por fora.


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