
Hirano quer tentar uma terapia experimental com Charlie, que sofre de uma rara doença mitocondrial, acreditando que seu estado de saúde possa melhorar entre 10 e 50%. A visita de ontem durou cerca de cinco horas; Hirano submeteu Charlie a alguns exames junto com um time de especialistas. O médico da Universidade de Colúmbia também teve acesso ao prontuário de Charlie e agora vai preparar um relatório que será apresentado nesta sexta-feira, 21, ao juiz britânico. A Alta Corte vai voltar a se pronunciar em audiência final sobre o caso no dia 25 de julho.
De início, a Alta Corte negou a possibilidade de tentar o tratamento nos Estados Unidos, abrindo caminho para que fosse desligado o respirador artificial que mantém Charlie vivo, decisão essa que está suspensa. Os pais são contra essa decisão da justiça e não têm medido esforços para tentar revertê-la.
Durante a visita do médico dos Estados Unidos, Charlie esteve sempre acompanhado por seus pais, Chris e Connie Gard, enquanto diversas associações e pessoas continuam se reunindo em torno da família com orações, vigílias, manifestações e recolhimento de assinaturas.
A professora de neurologia da Universidade Católica de Roma, Serena Servidei, disse que esse tipo de tratamento está em andamento em outras crianças com doença similar à de Charlie e que em se tratando de doenças raríssimas em que falta uma história natural é difícil fazer previsões. De toda forma, ela acredita que se deve tentar.
“Seguramente, no caso de Charlie, é justo tentar primeiro, teria sido justo tentar meses atrás, quando este mesmo professor americano se propôs a iniciar o tratamento, porque em todos esses meses em que este menino não foi tratado, no sentido de que não foi tratado com terapias específicas, perdeu-se tempo precioso para uma criança muito pequena como Charlie. Mas os pressupostos teóricos para que esta terapia tenha um efeito, existem”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano
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